Nome: Lisa Vaz
Alguns dos destinos que lidera: Ladakh, na Índia, Quirguistão, Uzbequistão, Vietname

A Lisa Vaz é uma líder de viagens experiente e apaixonada pelo contacto com culturas diversas e destinos remotos. Na nossa nova rubrica Nada a Declarar, convidámos Lisa a partilhar histórias, descobertas e peripécias que marcaram a sua carreira de viagens.
- Alguma vez uma viagem te mudou a forma de ver o mundo?
Todas! Chega-se à conclusão que as aspirações humanas podem variar devido a características individuais e culturais, mas no fundo são geralmente comuns, desejos fundamentais por segurança e uma vida melhor para si e sua família (com prosperidade, saúde e educação).
- Qual foi a refeição mais memorável (boa ou má!) que tiveste em viagem?
A mais surpreendente, foram gafanhotos fritos em Siem Reap, no Cambodja. Na realidade, o maior desafio foi colocar o gafanhoto na boca. E afinal eram crocantes, salgadinhos e até foi um ótimo snack. Só prova que o preconceito é mental e cultural.
- Algum encontro com pessoas locais que nunca vais esquecer?
Fazia uma caminhada sozinha no Parque Nacional Terra do Fogo em Ushuaia, que estava deserto. De repente encontro uma senhora, por sinal, argentina e de Buenos Aires, a Rafaella, que fazia o mesmo. Juntou-se a mim, fizemos o trilho juntas, conversámos muito e no final fomos tomar um café, tirámos uma fotografia (para mais tarde recordar) e trocámos contactos. Foi uma excelente companhia!
- O que nunca falta na tua mochila, mesmo em viagens curtas?
O meu iPod, um bom livro e uma câmara fotográfica ou telemóvel para fotografar. Companheiros indispensáveis em qualquer deslocação.
- Qual foi o maior susto ou peripécia que já te aconteceu numa viagem?
Peripécias foram várias, e uma delas foi calcular mal o tempo que precisaríamos desde a Península Valdez até onde iríamos pernoitar no Vale de Chubut, na Patagónia, e perdemo-nos. Além disso ficámos atoladas na lama, às escuras. Felizmente o desfecho desta peripécia foi feliz!
- Qual foi a paisagem que mais te deixou sem palavras?
Uma pergunta difícil, pois muitas já me deixaram sem palavras. Uma das mais recentes foi a do Vale do Hunza, no Paquistão, visto de uma altura de 2850 metros e rodeada por 11 picos montanhosos do Karakoram, entre os 6 mil e 7,790 metros de altitude.
- Se tivesses de escolher uma viagem só pela música local, qual seria?
Ouvi “Di Meola plays Piazzolla” pela primeira vez em Ushuaia, naquela magnífica 1ª viagem à Patagónia argentina. E redescobri Astor Piazzolla, cuja música me transporta sempre à Argentina (apesar de não se tratar exatamente de música local).
- O carimbo de passaporte mais difícil (ou estranho) de conseguires?
Talvez o mais remoto, da ilha de South Georgia, já perto da Antártida.
- Qual foi a maior lição que aprendeste a viajar?
Aprendi várias, entre as quais o quão privilegiada sou pela época e local onde nasci; como não é preciso muito para ser feliz e, apreciar ainda mais o meu país, apesar dos seus problemas.
- Que destino te surpreendeu pela positiva… e qual é que te desafiou mais?
O Paquistão. Surpreendeu-me pela beleza arrebatadora das suas paisagens e a diversidade e simpatia das suas gentes, como também constituiu um desafio, ao ser confrontada com a visão de mulheres em burcas integrais (mais perto da fronteira com o Afeganistão) que me fizeram lembrar fantasmas. Também o não saber bem como abordar as pessoas e designadamente os homens, para os fotografar.
- Qual seria a tua viagem de sonho se o dinheiro não fosse problema?
A minha grande viagem de sonho foi à Antártida, que já tive a possibilidade de concretizar. Mas a minha lista está sempre a crescer, e gostaria imenso de conhecer Kamchatka no extremo oriental da Rússia ou as Ilhas Aleutas, ali perto no Mar de Bering e pertencentes ao Alasca. Lugares remotos, terras de vulcões e fogo.
- Se pudesses reviver uma viagem do início ao fim, qual seria?
A minha primeira viagem à Patagónia argentina em 2005, que incluiu a Terra do Fogo, e as visões que foram o Fitzroy, o Canal Beagle e o Perito Moreno, para destacar apenas estes. Uma verdadeira viagem de aventura e um cosmos de emoções!
- Numa frase: o que significa para ti ser líder de viagem?
Significa ter a oportunidade de partilhar, de dar a conhecer, a quem levo a viajar comigo, lugares que considero magníficos, ver como vivem os outros e proporcionar-lhes experiências memoráveis. Die with memories, not dreams!
Se estas histórias te despertaram a curiosidade e a vontade de descobrir o mundo de forma autêntica, junta-te à Lisa Vaz nas suas próximas viagens com a Papa-Léguas.
Vem partilhar momentos únicos, paisagens inesquecíveis e experiências que só quem viaja com quem conhece o caminho de forma tão apaixonada consegue proporcionar!