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Snacks mais bizarros do mundo (que vais querer experimentar… ou não!)

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Viajar é muito mais do que ver paisagens ou tirar fotografias! É mergulhar na cultura, sentir os cheiros das ruas movimentadas, ouvir uma língua desconhecida, e, claro, provar aquilo que os locais comem todos os dias. Só que, por vezes, essa descoberta gastronómica pode ser um verdadeiro choque cultural.

Seja na banca de um mercado noturno na Ásia, numa pequena tasca africana ou numa mercearia escondida na América do Sul, há sempre uma surpresa que desafia os nossos hábitos alimentares. Alguns destes snacks são deliciosos (depois do primeiro impacto visual), outros ficam na memória… pelo susto!

Neste artigo vamos embarcar numa viagem divertida pelos snacks mais bizarros do mundo. Preparado?

1. Insetos crocantes — Tailândia, Camboja e México

Se há algo que choca os viajantes ocidentais é ver carrinhos de rua cheios de escorpiões no espeto, gafanhotos fritos ou larvas estaladiças. Mas, atenção: o consumo de insetos não é apenas uma atração turística.

  • Na Tailândia e no Camboja, são um snack barato, nutritivo e cheio de proteína.
  • No México, as famosas chapulines (gafanhotos temperados com lima e sal) são tão comuns que até já chegaram a restaurantes gourmet.

Curiosidade: estima-se que mais de 2 mil milhões de pessoas no mundo incluam insetos na dieta regularmente. Talvez não seja assim tão estranho, afinal.

2. Ovos de cem anos — China

Apesar do nome assustador, estes ovos não têm cem anos. Trata-se de um método tradicional chinês de conservar ovos de pato ou galinha, envoltos em argila, sal, casca de arroz e cal, durante semanas ou meses.

O resultado?

  • A clara fica gelatinosa e escura.
  • A gema ganha uma textura cremosa, com sabor intenso, quase a queijo curado.

É um snack de contraste: para uns é uma iguaria, para outros um desafio digno de coragem.

3. Surströmming — Suécia

Se fores à Suécia e vires alguém a abrir uma lata ao ar livre, afasta-te… ou prepara o nariz. O surströmming é arenque fermentado em salmoura, considerado um dos alimentos com o cheiro mais forte do mundo.

  • Tão forte que as companhias aéreas suecas baniram o seu transporte em voos, por risco de explosão das latas e… do ambiente a bordo.
  • Normalmente, é comido em pão fino com batata e cebola.

É um snack para os corajosos e para os que não têm vizinhos sensíveis!

4. Casu Marzu — Sardenha, Itália

A Sardenha é conhecida por paisagens incríveis, mas também por um dos queijos mais controversos do mundo: o Casu Marzu.

  • É um queijo de ovelha que ganha vida… literalmente.
  • As larvas da mosca do queijo ajudam na fermentação, tornando-o extremamente macio.
  • Apesar de ser considerado ilegal em vários contextos, os locais veem-no como um tesouro gastronómico.

Se conseguires superar o aspeto, dizem que o sabor é inesquecível!

5. Amêijoas sanguíneas — China

À primeira vista parecem marisco normal, mas as amêijoas sanguíneas ganham este nome pela cor avermelhada, resultado da alta quantidade de hemoglobina.

  • Muito apreciadas em Xangai e Guangdong.
  • Costumam ser servidas ao vapor ou salteadas.

Mas atenção: devido a riscos de saúde associados à sua preparação, já foram alvo de restrições em várias zonas da China.

6. Balut — Filipinas

Provavelmente um dos snacks mais famosos (e desafiantes) do Sudeste Asiático. O balut é um ovo de pato fertilizado, cozido e comido ainda quente.

  • O embrião encontra-se parcialmente desenvolvido.
  • É considerado afrodisíaco e altamente nutritivo.
  • Costuma ser vendido à noite, como street food.

Para quem prova pela primeira vez, o choque visual é maior do que o sabor, que muitos descrevem como semelhante a frango estufado.

7. Gelado de alho — EUA

Nem todos os snacks estranhos vêm do outro lado do mundo. Na Califórnia existe um festival anual dedicado… ao alho. E a estrela é o gelado de alho.

  • O sabor combina o doce tradicional do gelado com o toque picante e intenso do alho.
  • É uma daquelas experiências gastronómicas que geram debate: “delícia” para uns, “trauma” para outros.
8. Hákarl — Islândia

Na Islândia, há quem diga que para seres considerado verdadeiramente islandês tens de provar hákarl, carne de tubarão da Gronelândia fermentada durante meses.

  • Tem um sabor descrito como “amónia pura”.
  • Anthony Bourdain considerou-o um dos piores sabores que já experimentou.
  • Os islandeses tradicionais costumam bebê-lo acompanhado de um schnapps chamado Brennivín.

É mais uma prova de que a comida é cultura e resistência!

9. Pipocas com sabores improváveis — Japão

O Japão é o paraíso da inovação gastronómica, e até as pipocas entraram na moda.

  • Sabores como sopa de milho, algas, matcha ou até refrigerante são comuns.
  • Para quem gosta de arriscar, algumas versões limitadas incluem polvo seco ou curry.

Se fores fã de snacks criativos, o Japão é o teu destino certo.

Porque devemos provar (ou pelo menos conhecer) estes snacks?
  • Mostram como a cultura gastronómica é diversa e criativa.
  • Quebram preconceitos alimentares.
  • Podem ser uma excelente história para contar aos amigos quando regressares!

No fundo, cada snack é um reflexo da história, do clima e das tradições locais. O que para nós é bizarro, para outros é simplesmente… comida.

Se há algo que une todos os viajantes é a curiosidade. E muitas vezes essa curiosidade leva-nos para fora da zona de conforto, seja num deserto da Mongólia, num mercado asiático ou numa aldeia africana.

E não vale a pena torcer o nariz a snacks alheios! Em Portugal também temos os nossos petiscos que fazem alguns turistas recuar um passo antes de experimentar: pense-se nos caracóis, um petisco tão amado que até tem quem os defenda como o ouro de verão. Mas para muitos estrangeiros, a ideia de comer caracóis cozidos em caldo aromático parece saída de um episódio de ficção científica.

Ou seja, o que para nós é tradição e conforto, para outros pode ser uma ousadia gastronómica. No fundo, é isso que torna viajar tão saboroso: descobrir que o conceito depende sempre de onde estamos sentados à mesa.

Não te esqueças, que experimentar a gastronomia local é a parte mais saborosa (e divertida) de qualquer viagem!

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