A Mongólia é muitas vezes descrita como a terra do céu azul, mas podia igualmente ser chamada a terra dos cavalos. Estes animais não são apenas um meio de transporte: são o coração da cultura nómada mongol, um elo que une passado, presente e futuro.
Desde os tempos de Genghis Khan, no século XIII, o cavalo foi fundamental para a expansão e sobrevivência do povo mongol. As tropas do império moviam-se com rapidez impressionante graças à sua cavalaria, que conseguia percorrer distâncias imensas em pouco tempo. Diz-se que cada guerreiro tinha vários cavalos, trocando-os ao longo do dia para manter a velocidade e resistência. Esta relação única marcou para sempre a identidade da Mongólia.
O Cavalo como companheiro
Na vasta estepe, onde as distâncias se medem em horas e não em quilómetros, o cavalo continua a ser indispensável. Para muitos nómadas, montar é tão natural quanto caminhar. As crianças aprendem a cavalgar desde muito cedo, muitas vezes ainda antes de conseguirem andar com firmeza. O cavalo não serve apenas para viajar: é usado no pastoreio, nas cerimónias e até em práticas espirituais.
O Naadam e a celebração da tradição
Todos os anos, em julho, a Mongólia celebra o festival de Naadam, considerado património cultural da humanidade. Conhecido como os três jogos viris, que incluem luta livre, tiro com arco e corridas de cavalos, este festival evidencia a importância simbólica do animal na cultura mongol. Nas corridas, que podem ter dezenas de quilómetros, os jóqueis são crianças de apenas cinco ou seis anos, treinadas para controlar os pequenos mas resistentes cavalos mongóis, famosos pela sua força e agilidade.
Curiosidades!
- A Mongólia tem mais cavalos do que pessoas: estima-se que existam cerca de 4 milhões de habitantes e mais de 5 milhões de cavalos.
- Ao contrário dos cavalos ocidentais, os cavalos mongóis são mais pequenos, mas extremamente robustos e adaptados ao clima rigoroso da estepe.
- O leite de égua fermentado, conhecido como airag, é uma das bebidas tradicionais mais apreciadas. Oferecê-lo a um visitante é sinal de hospitalidade.
Na Mongólia, o cavalo é parte da família, da identidade e do imaginário coletivo. É símbolo de liberdade, resistência e harmonia com a natureza. Observar o quotidiano mongol é perceber que, nesta terra de horizontes infinitos, não existe a vida sem os cavalos.
Se quiseres viver esta experiência na primeira pessoa, a Papa-Léguas e o líder de viagens Agostinho Mendes levam-te à Mongólia numa viagem única, onde poderás ver manadas de cavalos selvagens a galopar pelas imensas estepes, explorar dezenas de lagos de águas cristalinas que convidam a banhos, contemplar paisagens idílicas ainda intocadas pela pressão do turismo e visitar o berço de um dos maiores impérios que a história já conheceu, a terra dos nómadas.