Segui o percurso normal de todos os «travel junkies», comecei desde nova a viajar por Portugal com os meus pais, depois com amigos, muitas vezes em aventuras de canoagem, aos 19 fiz o meu primeiro inter rail e gostei tanto que fiz mais 2. Entretanto terminei a minha licenciatura em Engenharia do Ambiente, fui 6 meses para Espanha fazer um estágio, voltei para trabalhar numa grande empresa onde juntava todo o dinheiro que podia para ir viajar nas férias. As viagens foram-se tornando mais frequentes e mais viciantes, até que em 2013 comprei um bilhete só de ida para Katmandu e só regressei passados quase 2 anos que passei a explorar a Ásia.
Há pessoas que viajam o mundo num ano, eu decidi viajar com calma, em cada país que visitei tentei absorver o melhor possível a cultura, a história, modos de vida, provar comida e bebida, fazer amigos e ajudar sempre que havia oportunidade. E é isto mesmo que me atrai nas viagens, sair da minha zona de conforto, a novidade, aprendizagem, a liberdade, as paisagens, os cheiros, as pessoas, no final o peso da mochila compensa a leveza da alma.
AINDA não conheço todos os continentes e não tenho um local favorito, tenho experiências que me vou lembrar para o resto da vida: primeira rapariga portuguesa na maior gruta do mundo, voar num helicóptero russo, fugir de um crocodilo, ir a casamentos no Vietnam, dormir em estações de comboios, mergulhar com tubarões ou dar aulas de inglês a crianças na Tailândia. Marcar uma viagem é marcar a vida para sempre, não é o que dizem?
A paixão pela fotografia veio com as viagens, a vontade de retratar o que via da melhor maneira possível para partilhar quando voltava a casa.